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O que é FGC e quais investimentos são garantidos?

Entenda como funciona o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que protege o investidor e garante algumas aplicações de renda fixa.

21/08/2024 às 10h00 Atualizada em 22/08/2024 às 07h52
Por: Redação
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O que é FGC e quais investimentos são garantidos? (Foto: Ilustração)
O que é FGC e quais investimentos são garantidos? (Foto: Ilustração)

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma instituição privada sem fins lucrativos, que visa proteger os investidores em momentos críticos, como falência ou liquidação de instituições financeiras. Assim, ele funciona como um seguro, garantindo que correntistas e investidores não percam seu dinheiro caso o banco ou instituição financeira não consiga cumprir com suas obrigações.

Como funciona o FGC?

Basicamente, o FGC devolve até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em cada conglomerado financeiro se a instituição falir. Além disso, há um limite de R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ, válido por quatro anos, somando todas as instituições financeiras em que o investidor possui depósitos ou investimentos protegidos pelo fundo.

Se, por exemplo, o investidor tiver aplicações em mais de um banco, o FGC assegura até R$ 250 mil em cada um desses bancos, desde que respeite o teto de R$ 1 milhão ao longo de quatro anos. No entanto, qualquer valor que exceda esse limite não será coberto.

Quais investimentos o FGC cobre?

De maneira geral, o Fundo Garantidor de Crédito oferece proteção para diversos produtos financeiros disponibilizados por bancos e instituições financeiras. Entre os principais investimentos cobertos estão:

  • Depósitos à vista: o saldo da sua conta corrente recebe proteção.
  • Depósitos de poupança: da mesma forma, o valor da sua poupança também está garantido pelo fundo.
  • CDBs (Certificados de Depósito Bancário): esses títulos emitidos pelos bancos são garantidos pelo FGC caso ocorra falência da instituição.
  • LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio): esses títulos específicos também estão cobertos.
  • Letras de câmbio e outros títulos de captação: esses produtos financeiros se enquadram na lista de cobertura.

Esses exemplos ilustram como o FGC oferece uma ampla proteção. No entanto, alguns produtos de investimento não estão cobertos.

Quais investimentos o FGC não cobre?

Embora o FGC proteja muitos produtos financeiros, existem alguns que não recebem cobertura. Entre eles estão:

  • Ações: esses papéis, que representam a participação no capital social de empresas, não são cobertos pelo FGC.
  • Títulos públicos: produtos oferecidos pelo Tesouro Direto já têm a garantia do governo federal, portanto, não precisam da proteção do FGC.
  • Fundos de investimento: compostos por ativos variados, esses fundos não contam com a proteção do FGC.

Como o FGC é financiado?

Em termos simples, as próprias instituições financeiras associadas financiam o FGC. Elas contribuem regularmente, ajudando a compor o patrimônio do fundo. Esse patrimônio é então utilizado para garantir a devolução dos recursos dos investidores quando uma instituição enfrenta dificuldades.

Assim, quando um banco entra em falência ou passa por intervenção, o FGC utiliza esses recursos para devolver o dinheiro dos investidores, conforme os limites estabelecidos. Dessa forma, o fundo contribui para aumentar a segurança do sistema financeiro e proteger os correntistas e investidores.

Por que o FGC é importante?

O FGC desempenha um papel essencial na estabilidade financeira. Por exemplo, ele mantém a confiança dos investidores nas instituições financeiras, evitando que uma crise de pânico se espalhe e leve a corridas bancárias, onde muitos sacam seus recursos ao mesmo tempo.

Além disso, o fundo oferece uma camada extra de proteção para pequenos e médios investidores. Essa proteção adicional assegura que eles possam aplicar seus recursos com mais tranquilidade, o que, por sua vez, fortalece o mercado financeiro e reduz os riscos em períodos de crise.

O que mudou recentemente?

A partir de 12 de junho de 2024, a B3 implementou importantes mudanças nas regras de proteção do FGC. Essas alterações têm como objetivo aumentar ainda mais a segurança dos investidores e reforçar a solidez do sistema financeiro. Com isso, elas promovem maior confiança no mercado e garantem que os investidores estarão protegidos, mesmo em momentos de instabilidade.

Conclusão

Portanto, o FGC é fundamental para a proteção dos investidores brasileiros. Ele garante a devolução de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em cada conglomerado financeiro, respeitando o limite de R$ 1 milhão a cada quatro anos. Embora nem todos os tipos de investimento sejam cobertos, o FGC proporciona uma segurança essencial para quem investe em produtos bancários tradicionais, como poupança e CDBs. Por isso, ele oferece tranquilidade em tempos de crise e aumenta a confiança no sistema financeiro, o que é crucial para a estabilidade econômica.

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