Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou inflação de 0,44%, após uma leve deflação em agosto (-0,02%). No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%. O principal impulso veio dos setores de Habitação (1,80%) e Alimentação e bebidas (0,50%), conforme dados do IBGE, divulgados nesta quarta-feira (9).
A energia elétrica residencial foi determinante para o aumento em Habitação. A bandeira tarifária passou de verde para vermelha patamar um, o que adiciona R$4,46 por 100 kWh consumidos, contribuindo com 0,21 ponto percentual (p.p.) para o índice. Já o setor de Alimentação e bebidas apresentou elevação na alimentação em domicílio (0,56%), com aumentos significativos nas carnes e frutas, como laranja e limão. André Almeida, gerente da pesquisa, aponta a seca e a entressafra como fatores para a alta nas carnes.
“Falando especificamente das carnes, a forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta. É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática”, analisa o gerente.
Em contrapartida, o grupo de Despesas pessoais teve uma queda de 0,31%, com destaque para cinema, teatro e concertos, que reduziram 8,75% devido a campanhas promocionais na semana do cinema.
Regionalmente, Goiânia apresentou a maior alta (1,08%), impulsionada pela gasolina e pela energia elétrica, enquanto Aracaju registrou a menor variação (0,07%), com queda nos preços da cebola, tomate e gasolina. O INPC, por outro lado, subiu 0,48% em setembro, com alta acumulada de 3,29% no ano e 4,09% em 12 meses. A próxima divulgação do IPCA está prevista para 8 de novembro.