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Produção industrial cresce 4,1% em junho

Apesar de ter superado a produção da pré-pandemia, o crescimento está muito abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.

03/08/2024 às 14h50 Atualizada em 06/08/2024 às 00h46
Por: Redação
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Produção industrial cresce 4,1% em junho (Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras)
Produção industrial cresce 4,1% em junho (Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras)

Depois de dois meses consecutivos de queda, com redução acumulada de 1,8%, a produção industrial cresceu 4,1% em junho. Esse foi o maior índice desde julho de 2020, quando atingiu aumento de 9,1%. Os dados foram divulgados na sexta-feira (2) pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE.

De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, o crescimento industrial deve-se em parte à reabertura de empresas atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

“Cabe destacar que o avanço mais acentuado observado em junho de 2024 está relacionado não só com a base de comparação depreciada, explicada pelos dois meses consecutivos de queda na produção, mas também pela volta à produção de várias unidades produtivas que foram direta ou indiretamente afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio de 2024”, ressalta o gerente da pesquisa, André Macedo."

Entre as 25 atividades pesquisadas, 16 apresentaram crescimento em junho. As maiores influências positivas foram coque, petróleo e biocombustíveis (4,0%), produtos químicos (6,5%) e alimentícios (2,7%). Indústrias extrativas também se destacaram, com um crescimento de 2,5%. Além disso, metalurgia (5,0%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,1%) tiveram contribuições positivas importantes.

O setor de bebidas cresceu 3,5%, enquanto máquinas e equipamentos avançaram 2,4%. Produtos de fumo aumentaram 19,8%, e celulose, papel e produtos de papel cresceram 1,6%.

Por outro lado, nove atividades registraram queda na produção. Outros equipamentos de transporte (-5,5%) tiveram o maior impacto negativo em junho de 2024. Isso interrompeu dois meses de crescimento acumulado de 4,8%. Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-4,1%) também influenciaram negativamente.

“A queda registrada pelo setor de outros equipamentos de transporte interrompe dois meses no campo positivo. As influências negativas sob o resultado vêm tanto das motocicletas como da parte relacionada ao segmento de bens de capital, como por exemplo, os itens embarcações e aviações. É importante destacar que é uma atividade que exerce pouca influência na indústria geral, cerca de 1%”, saliente André.

Outras influências negativas incluíram impressão e reprodução de gravações (-9,1%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,7%).

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