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Campos Neto admite juros altos no Brasil, mas menor que em outros períodos

Em audiência na Comissão da Câmara dos Deputados, Campos Neto enfatizou que, embora as taxas sejam elevadas, eram menores que antes.

13/08/2024 às 17h27 Atualizada em 14/08/2024 às 13h23
Por: Redação
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Campos Neto admite juros altos no Brasil (Foto: CNN)
Campos Neto admite juros altos no Brasil (Foto: CNN)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu nesta terça-feira (13) que as taxas de juros no Brasil estão "absurdamente altas". No entanto, ele ressaltou que estão "mais baixas" em comparação a períodos anteriores da história do país e a outras economias semelhantes.

Em audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, Campos Neto enfatizou que, embora as taxas sejam elevadas, o BC conseguiu trabalhar com níveis inferiores aos de outros tempos. Ele apontou algumas razões para manter a Selic em 10,5% ao ano: baixa recuperação de crédito, dívida externa com poupança reduzida, e maior prêmio de risco em relação a outros países da América Latina.

Outro ponto crucial abordado pelo presidente do BC foi a divergência nas expectativas de inflação entre o mercado e as empresas financeiras. Para entender melhor essa diferença, além da pesquisa Focus, o BC lançou a pesquisa Firmus, que foca nas percepções das empresas financeiras sobre a economia.

Apesar desses desafios, Campos Neto destacou que alguns indicadores têm surpreendido positivamente, como o crescimento da massa salarial e da economia como um todo. Isso tem contribuído para aproximar a inflação da meta de 3% ao ano, atualmente em 4,5% nos últimos 12 meses.

O que realmente preocupa, segundo Campos Neto, é a taxa de juros neutra, que tem se mostrado maior que o esperado. Ele afirmou que o Banco Central está investigando essa questão para entender melhor as causas desse descompasso.

*Com informações de CNN

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