A economia brasileira surpreendeu em junho com um crescimento acima do previsto, mesmo após um trimestre difícil, marcado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo o Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) subiu 1,4% em junho, comparado ao mês anterior, superando as expectativas do mercado, que previa alta de apenas 0,50%.
Esse desempenho levou a um crescimento de 1,1% no segundo trimestre de 2024, de acordo com dados ajustados sazonalmente. Em maio, o índice IBC-Br também foi revisado para cima, apontando um crescimento de 0,42%, frente à estimativa inicial de 0,25%.
O Banco Central destacou o dinamismo acima do esperado na economia e no mercado de trabalho. Esse cenário desafia o controle da inflação, já que a economia opera perto de sua capacidade máxima. O governo, por sua vez, projeta que o PIB crescerá 2,5% este ano. Entretanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou que essa projeção pode ser ajustada para cima em breve.
A expectativa dos economistas é de uma alta de 2,2% no PIB. O IBGE divulgará os dados oficiais do segundo trimestre em 3 de setembro. Nos primeiros três meses do ano, o PIB cresceu 0,8% sobre o trimestre anterior e teve um avanço de 2,5% em relação ao ano anterior.
A produção industrial e de serviços também surpreenderam positivamente em junho, conforme dados do IBGE. No entanto, o varejo não seguiu o mesmo ritmo, registrando queda após cinco meses de crescimento.